Duna: Parte Dois - Uma Obra-Prima da Ficção Científica Moderna?

Analisamos a aguardada sequência de Denis Villeneuve. Duna: Parte Dois expande o universo de Arrakis com visuais deslumbrantes e uma trama complexa. Seria este o novo marco do gênero?

05 de dezembro, 2025
8 min de leitura
11 visualizações

A expectativa para 'Duna: Parte Dois' era estratosférica, e Denis Villeneuve não decepcionou. O filme retoma exatamente onde o primeiro parou, mergulhando Paul Atreides (Timothée Chalamet) na cultura Fremen e em sua jornada messiânica.

A cinematografia de Greig Fraser continua a ser um espetáculo visual, capturando a imensão e a beleza árida de Arrakis de uma forma que poucas produções de ficção científica conseguiram. As cenas de ação, especialmente a cavalgada nos vermes de areia, são de tirar o fôlego e estabelecem um novo padrão para o gênero.

O design de produção é impecável, desde os trajes detalhados até a arquitetura brutalista das cidades. A trilha sonora de Hans Zimmer, mais uma vez, é um personagem por si só, com temas poderosos que ecoam a grandiosidade e o perigo do universo de Duna.

A jornada de Paul é o coração do filme, e Chalamet entrega uma performance poderosa, transitando de um jovem nobre para um líder relutante e, finalmente, para uma figura de poder temível. A complexidade de sua transformação é um dos pontos altos da narrativa.

O elenco de apoio também brilha, com atuações marcantes de Rebecca Ferguson como Lady Jessica e Javier Bardem como o carismático Stilgar. Austin Butler, em particular, é uma presença ameaçadora e magnética como Feyd-Rautha.

'Duna: Parte Dois' não é apenas uma sequência; é a consolidação de uma saga cinematográfica que redefine o que a ficção científica pode ser no cinema moderno.

Sofia Ribeiro

Sofia Ribeiro

Crítica de Cinema

Crítica de cinema especializada em ficção científica e dramas psicológicos. Formada em Cinema pela USP, traz uma visão analítica e profunda sobre as obras que assiste.

Ver todos os posts de Sofia Ribeiro